O presente artigo reflete a questão do humano em tempos de inteligência artificial e digitalização da vida a partir das contribuições teóricas e conceituais do filósofo e jurista italiano Giorgio Agamben, a partir de algumas de suas obras. O objetivo é considerar os riscos e ameaças advindos da virtualização das relações humanas promovida pelas redes sociais, pela plataformização do mundo, das relações humanas e sociais na fronteira tecnológica em curso marcada pela emergência da Inteligência Artificial. Os conceitos centrais que estruturam o texto são: dispositivo, linguagem, estado de exceção, vida nua, campo de concentração, são alguns dos conceitos mobilizados ao longo da análise. A orientação filosófica que orientou a pesquisa vincula-se a arqueo-genealogia agambeniana com estratégia filosófica de se constituir uma ontologia do presente que permita compreender aspectos dos paradoxos e contradições nos quais estamos inseridos na contemporaneidade.

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