O agroturismo, que é predominantemente familiar, tem evidenciado uma ascensão em razão das suas características singulares, as quais permitem que o turista vivencie e participe das atividades exercidas pelos empreendimentos. Com esse crescimento da modalidade, surgiu a preocupação com o futuro das empresas que promovem o agroturismo, ou seja, com o processo sucessório gerencial, uma vez que por seu intermédio será definido o sucesso ou o insucesso da organização. Portanto, este artigo tem por objetivo compreender os impactos do processo sucessório gerencial na oferta agroturística, descrevendo a forma como iniciativas desse tipo promovem o agroturismo, além de analisar como ocorre o processo sucessório em pequenas propriedades familiares e quais suas influências na atividade. Para esse fim, foi desenvolvido um estudo de casos múltiplos em dois empreendimentos localizados em Venda Nova do Imigrante (ES), município em que a atividade agroturística se desenvolveu de forma representativa, tornando-se a “Capital Nacional do Agroturismo”. Este artigo ratifica a ideia de complexidade do processo sucessório e contribui para melhor compreendê-lo em empresas familiares, estando as atenções direcionadas, principalmente, aos conflitos entre gerações de uma mesma família, remuneração dos sucessores, inovação por meio da sucessão e o papel da mulher no processo sucessório.
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