• Resumo

    Hospitalidade, experienscape e meta-hospitalidade em viagens de incentivo

    Data de publicação: 08/01/2024

    O objetivo do artigo foi investigar os benefícios da hospitalidade no segmento de viagens de incentivo e apresenta o resultado de uma pesquisa empírica, exploratória e explicativa pelo método misto com base nos conceitos Emic-Etic-Emic. Devido ao tamanho e à profundidade do estudo principal, o foco deste artigo foi nos achados da fase final Emic da pesquisa de campo, a partir das lacunas observadas nos resultados das fases anteriores Emic e Etic. Foi feita uma pesquisa qualitativa pelo método de estudo de casos múltiplos por meio da observação participante em três viagens, sendo o problema da pesquisa compreender a importância da hospitalidade entre stakeholders envolvidos em viagens de incentivo para alcançar um diferencial competitivo no setor. Os principais resultados foram que a hospitalidade é importante ao criar fortes laços comerciais e vantagens competitivas, os componentes do experienscape são fundamentais nas viagens e a possibilidade de alcançar a meta-hospitalidade durante os incentivos. Para futuros estudos, considera-se realizar outros tipos de pesquisa com mais respondentes e dar continuidade à análise das vantagens da hospitalidade em viagens de incentivo, considerando a manifestação de outros stakeholders envolvidos nesse segmento.

  • Referências

    Ansarah, M. G. R. (1999). Turismo: segmentação de mercado. São Paulo: Futura, 20-23.

    Associação de Marketing Promocional – AMPRO (2021). Manual de Viagens de Incentivo - Conceitos. Recuperado de http://iweb04.itarget.com.br/itarget.com.br/newclients/portal-ampro-2019/wp-content/uploads/2019/07/3-manual_ampro.pdf.

    Associação de Marketing Promocional - AMPRO (2021). Manual de Boas Práticas de contratação de Viagens de Incentivo. Recuperado de http://iweb04.itarget.com.br/itarget.com.br/newclients/portal-ampro-2019/wp-content/uploads/2019/07/MANUAL-DE-BOAS-PR%C3%81TICAS-NA-CONTRATA%C3%87%C3%83O-DE-VIAGENS-DE-INCENTIVO.pdf.

    Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. Edições 70.

    Barney, J. B., Hesterly, W. S., & Rosemberg, M. (2007). Administração estratégica e vantagem competitiva. Pearson Educación.

    Batalha, L. (1998). Emics/Etics revisitado:“nativo” e “antropólogo” lutam pela última palavra. Etnográfica. Revista do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, 2(2)), 319-343.

    Bitner, M. J. (1992). Servicescapes: The impact of physical surroundings on customers and employees. Journal of marketing, 56(2), 57-71.

    Buckley, P. J., Chapman, M., Clegg, J., & Gajewska-De Mattos, H. (2014). A linguistic and philosophical analysis of emic and etic and their use in international business research. Management International Review, 54, 307-324.

    Camargo, L. O. L. (2003). Os domínios da hospitalidade. In: Dencker, A.F. M., & Bueno, M. S. (Org.). (2003) Hospitalidade: cenários e oportunidades. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

    Campos, M. D. O. (2002). Etnociência ou etnografia de saberes, técnicas e práticas. Métodos de coleta e análise de dados em etnobiologia, etnoecologia e disciplinas correlatas, 1(1).

    Cintra, R. F., Amâncio-Vieira, S. F., Costa, B. K., & Goncalves, L. P. (2015). Turismo local de Londrina-PR: análise a partir da teoria do stakeholder. Contextus–Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 13(2), 149-175.

    Clarkson, M. B. E. (1995). A stakeholder framework for analyzing and evaluating corporation. Academy of Management Review, 20(1), 92-117.

    Cooper, D. R., Schindler, P. S. (2011). Qualitative research. Business research methods, (4)1, 160-182.

    Creswell, J. W. (2009). Research designs: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. California: Sage.

    Crouch, G. I., & Ritchie, J. B. (1999). Tourism, competitiveness, and societal prosperity. Journal of business research, 44(3), 137-152.

    Freeman, R. E. (1984). Strategic management: A stakeholder approach. Cambridge University Press.

    Gil, A. C. (2010). Como elaborar projeto de pesquisa. (5ª ed.). São Paulo: Atlas.

    Gil, A. C. (2017). Como elaborar projeto de pesquisa. (6ª ed.). São Paulo: Atlas.

    Haguenauer, L. (1989). Competitividade: Conceitos e Medidas. Texto para Discussão, IEI/UFRJ. Recuperado de https://bit. ly/2mFilnW.

    Halcomb, E. J., & Hickman, L. (2015). Mixed methods research.

    Hamel, G.; Prahalad, C. K. (1995). Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Elsevier.

    Hue, J. F. L. (1992). Viagem de incentivo: uma poderosa ferramenta de Marketing. Revista de Administração de Empresas, 32, 6-15.

    Incentive Research Foundation - IRF (2019). The 2019 Incentive Travel Industry Index. Recuperado de https://theirf.org/research/the-2019-incentive-travel-industry-index-powered-by-site-index-irf-outlook-and-ficp/2744/.

    Incentive Research Foundation - IRF (2020). The 2020 Incentive Travel Industry Index. Recuperado de https://theirf.org/research/2020-incentive-industry-travel-index/3026/.

    Kupfer, D. (1992). Padrões de concorrência e competitividade. Encontro Nacional da ANPEC, (20), 355-372.

    Lashley, C.; & Morrison, A. J. (2000). In search of Hospitality: theoretical perspectives and debates. Oxford: Butterworth-Heinemann.

    Lashley, C., & Morrison, A. J. (org.). (2004). Em busca da hospitalidade: perspectivas para um mundo globalizado. Barueri: Manole.

    Lashley, C., Lynch, P., & Morrison, A. J. (Eds.). (2007). Hospitality: A social lens. Elsevier.

    Lugosi, P. (2008). Hospitality spaces, hospitable moments: Consumer encounters and affective experiences in commercial settings. Journal of Foodservice, 19(2), 139-149.

    Mainardes, E. W., Alves, H., Raposo, M., & Domingues, M. J. C. S. (2011). Um novo modelo de classificação de stakeholders. Anais do Encontro de Estudos em Estratégia (3Es), Porto Alegre, RS, Brasil, 5.

    Mainardes, E. W., Alves, H., & Raposo, M. (2011). Stakeholder theory: issues to resolve. Management decision, 49(2), 226-252.

    Martins, G. A. (2008). Estudo de caso: uma reflexão sobre a aplicabilidade em pesquisa no Brasil. Revista de Contabilidade e Organizações, 2(2), 9-18.

    Mehrabian, A., & Russell, J. A. (1974). An approach to environmental psychology. the MIT Press.

    Ministério do Turismo - MTUR (2015). Viagens de incentivo estão entre os presentes mais marcantes. Recuperado de https://www.gov.br/turismo/pt-br/assuntos/ultimas-noticias/viagens-de-incentivo-estao-entre-os-presentes-mais-marcantes.

    Mitchell, R. K., Agle, B. R., & Wood, D. J. (1997). Toward a theory of stakeholder identification and salience: Defining the principle of who and what really counts. Academy of management review, 22(4), 853-886.

    Olhar Direto (2011). Mercado de Viagens de Incentivo tem falta de Profissionais. Recuperado de http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=185552.

    Pathak, V., Jena, B., & Kalra, S. (2013). Qualitative research. Perspectives in clinical research, 4(3).

    Pizam, A., & Tasci, A. D. (2019). Experienscape: expanding the concept of servicescape with a multi-stakeholder and multi-disciplinary approach (invited paper for ‘luminaries’ special issue of International Journal of Hospitality Management). International Journal of Hospitality Management, 76, 25-37.

    Pestana, M. H.; Gageiro, J. N. (2014). Análise de Dados Para Ciências Sociais - a Complementaridade do Spss. [s.l.] Sílabo.

    Porter, M. E. (1986). Estratégia Competitiva–Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 18ª Edição. São Paulo-SP: Campus.

    Porter, M. E. (1996). O que é estratégia. Harvard Business Review, 74(6), 61-78.

    Punnett, B. J., Ford, D., Galperin, B. L., & Lituchy, T. (2017). The emic-etic-emic research cycle. AIB Insights, 17(1), 3.

    Rosa, M., & Orey, D. C. (2012). O campo de pesquisa em etnomodelagem: as abordagens êmica, ética e dialética. Educação e Pesquisa, 38(04), 865-879.

    Rosenbaum, M. S. (2005). The symbolic servicescape: Your kind is welcomed here. Journal of Consumer Behaviour: An International Research Review, 4(4), 257-267.

    Rosenbaum, M. S., & Massiah, C. (2011). An expanded servicescape perspective. Journal of Service Management.

    Scott, T. (2021). Lead with Hospitality: Be Human. Emotionally Connect. Serve Selflessly. BenBella Books.

    Selltiz, C., & Wrightsman, L. (1987). COOK. Delineamentos de Pesquisa. São Paulo: Pedagógica Universitária.

    Selwyn, T. (2000). An anthropology of hospitality. In: Lashley, C., & Morrison, A. (2000). In search of hospitality: Theoretical perspectives and debates, p. 18-37. London: Butterworth-Heinemann.

    Society for Incentive Travel Excellence - SITE (2021a). SITE Foundation Research - Critical Insights for the Incentive Travel Professional. The Participants' Viewpoint of Incentive Travel Part I: Incentive Travel as a Meaningful Motivator. Recuperado de: https://www.siteglobal.com/page/research.

    Society for Incentive Travel Excellence - SITE (2021b). SITE Foundation Research - Critical Insights for the Incentive Travel Professional. The Participants' Viewpoint of Incentive Travel Part II: Motivational Value of Incentive Travel. Recuperado de https://www.siteglobal.com/page/research.

    Society for Incentive Travel Excellence - SITE (2021c). SITE Foundation Research - Critical Insights for the Incentive Travel Professional. The Participants' Viewpoint of Incentive Travel Part III: Memorable Characteristics of Incentive Travel. Recuperado de: https://www.siteglobal.com/page/research.

    Stalk, G., Evans, P., & Schulman, L. E. (1992). Competing on capabilities: The new rules of corporate strategy. Harvard business review, 70(2), 57-69.

    Stefanini, C. J., Alves, C. A., & Marques, R. B. (2018). Vamos almoçar? Um estudo da relação hospitalidade, qualidade em serviços e marketing de experiência na satisfação dos clientes de restaurantes. In: Revista Brasileira de pesquisa em turismo 12(1), p. 57-79. DOI: https://doi.org/10.7784/rbtur.v12i1.1372

    Teixeira, M. L. M., Domenico, S. M. R. D., Hanashiro, D. M. M., Teireira, M. L. M., & Zaccarelli, L. M. (2008). Fator humano: uma visão baseada em stakeholders. Gestão do fator humano: visão baseada em stakeholders.

    Tombs, A., & McColl-Kennedy, J. R. (2002, December). Beyond the servicescape: customer to customer interactions in the social servicescape. In ANZMAC Conference Proceedings.

    Tombs, A., & McColl-Kennedy, J. R. (2003). Social-servicescape conceptual model. Marketing theory, 3(4), 447-475.

    Vergara, S. (2004). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. (5. Ed.) São Paulo: Atlas.

    Whetten, D. A. (1989). What constitutes a theoretical contribution?. Academy of management review, 14(4), 490-495.

    Williams, A. P., Dobson, P., & Walters, M. (1993). Changing culture: New organizational approaches. (No Title).

    Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. Bookman editora.

Turismo: Visão e Ação

A Turismo: Visão e Ação vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hotelaria - Mestrado e Doutorado, é um periódico científico de publicação no sistema de fluxo contínuo, interdisciplinar e de alcance internacional, classificada, segundo os critérios Qualis/CAPES (2017-2020), como 'A3' na área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Registrada no ISSN sob o número 1983-7151, a Turismo: Visão e Ação iniciou suas atividades em 1998 com publicações impressas, nas versões inglês e português. Em 2008, transformou-se em publicação On-Line, com alcance maior do público interessado, mantendo como política de ser um periódico de acesso aberto e sem cobranças de taxas de submissão e acesso aos artigos. A Turismo: Visão e Ação (TVA) possui como título abreviado do periódico Tur., Visão e Ação, usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

 

Access journal