DIREITO ROMANO E CONSTITUCIONALISMO GLOBAL

Autores

  • Rafael Domingo Osle Doutor em Direito pela Universidade de Navarra, Espanha. Docente da Emory University School of Law - Atlanta, GA. Professor de Direito e ICS na Universidade de Navarra, Espanha.

DOI:

https://doi.org/10.14210/nej.v24n2.p321-350

Palavras-chave:

Constitucionalismo global, direito global, direito romano, soberania, estado-nação, poder constituinte

Resumo

O paralelo entre questões contemporâneas e história romana muitas vezes fascina e ilumina. Neste artigo, argumento que o direito romano, que foi uma das várias fontes de inspiração para os fundadores americanos, pode servir hoje como uma inspiração para o constitucionalismo global. Olhar para o direito romano ajuda a reduzir certos preconceitos derivados do atual privilégio do Estado soberano e do paradigma positivista como os únicos modelos genuínos e possíveis para o direito internacional. Esses preconceitos constituem um verdadeiro obstáculo ao desenvolvimento correto do constitucionalismo global. O constitucionalismo global se move inerentemente para além da soberania, do nacionalismo e do positivismo. O direito romano, que precedeu às noções de soberania, nacionalismo e positivismo, permite aos constitucionalistas eliminar do constitucionalismo global quaisquer elementos não fundacionais derivados de um paradigma altamente estatista. A lei romana também constitui um bom antídoto para qualquer tipo de constitucionalismo global extremo que busque estender a linguagem e os modos do constitucionalismo nacional sem filtrá-los e refiná-los suficientemente.

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Biografia do Autor

Rafael Domingo Osle, Doutor em Direito pela Universidade de Navarra, Espanha. Docente da Emory University School of Law - Atlanta, GA. Professor de Direito e ICS na Universidade de Navarra, Espanha.

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Publicado

2019-08-08

Como Citar

OSLE, R. D. DIREITO ROMANO E CONSTITUCIONALISMO GLOBAL. Novos Estudos Jurí­dicos, Itajaí­ (SC), v. 24, n. 2, p. 321–350, 2019. DOI: 10.14210/nej.v24n2.p321-350. Disponível em: https://periodicos.univali.br/index.php/nej/article/view/14950. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

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Artigos