A LITERATURA SOBRE A PATERNIDADE DO DIREITO INTERNACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.14210/nej.v13n1.p83-94Resumo
Este artigo trata da literatura sobre o problema da paternidade do direito internacional. Ele busca revelar as mais diversas fases pelas quais a doutrina internacionalista percebeu a questão. Na primeira, mitifi cou-se a fi gura de Hugo Grócio: ele foi considerado sozinho o pai criador de todo este ramo do direito, bem como da moderna Filosofi a do Direito e da idéia de “direito subjetivo”. Depois, redescobriuse a escolástica espanhola, a qual, antes do jurista holandês, já empregava o termo “direito das gentes” numa acepção que lembra o direito internacional. O pioneirismo foi atribuído a Vitória. Esta concepção foi desacreditada quando se percebeu que estes escritores se fi liavam a uma tradição muito mais antiga e que guarda relações um tanto tênues com o direito internacional, a doutrina da guerra justa. Assim, substituiu-se a idéia de “pai” pela de “fundadores”, e a origem do direito internacional passou a ser atribuída a uma coletividade. Por fi m, o texto termina com a recepção desse debate pelos autores brasileiros. Aqui, procura mostrar que esta discussão foi recebida de modo fragmentado: os internacionalistas pátrios não percebem as diferentes fases como etapas cronológicas e, quando assumem uma posição, não descartam as demais. Ainda assim, o recente interesse no País pela história do direito internacional pode justifi car certo otimismo em relação ao futuro.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Na qualidade de autor(es) da colaboração, original e inédita, sobre o qual me(nos) responsabilizo(amos) civil e penalmente pelo seu conteúdo, após ter lido as diretrizes para autores, concordado(amos) plenamente com as Políticas Editorias da Revista Novos Estudos Jurídicos - NEJ e autorizo(amos) a publicação na rede mundial de computadores (Internet), permitindo, também, que sua linguagem possa ser reformulada, caso seja necessário, sem que me(nos) seja devido qualquer pagamento a título de direitos autorais, podendo qualquer interessado acessá-lo e/ou reproduzi-lo mediante download, desde que a reprodução e/ou publicação obedeçam as normas da ABNT e tenham a finalidade exclusiva de uso por quem a consulta a título de divulgação da produção acadêmico científico.