O presente artigo teve como objetivo investigar quais racionalidades e motivações permeiam as trajetórias de vida dos indivíduos que promovem, aplicam e ensinam tecnologias de gestão colaborativa no Brasil. À luz da teoria crítica da tecnologia de Feenberg (2002), buscamos analisar se a aplicação e a disseminação das tecnologias de gestão colaborativa têm sido orientadas pela racionalidade subversiva, o que indicaria um fator de diferenciação destas tecnologias com relação a meros modismos gerenciais (CALDAS; TONELLI, 2000). Foram estudadas três tecnologias: a Teoria U (SCHARMER, 2010), o Dragon Dreaming (CROFT, 2009) e a Sociocracia (BUCK; VILLINES, 2007). Foram entrevistados quinze indivíduos que aplicam, promovem e ensinam essas tecnologias, por meio de entrevistas semi-estruturadas. O material coletado foi analisado por meio da Análise de Discurso (AD). Ao final da pesquisa, concluímos que as tecnologias de gestão colaborativa podem ser consideradas subversões à lógica dos modismos gerenciais. A grande maioria dos entrevistados possui uma trajetória de vida diferente do convencional, dedicando-se vocacionalmente à disseminação das tecnologias, entendendo-as como um serviço a toda a sociedade, apesar da falta de legitimação social e retorno financeiro satisfatório.
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A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais é uma publicação Qualis B1, de acordo com a classificação Qualis Periódicos CAPES 2017-2020.
A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais tem por objetivo disseminar o conhecimento científico por meio de uma publicação semestral, que se caracteriza pelo teor multitemático e interdisciplinar voltado, preferencialmente, à divulgação de trabalhos desenvolvidos pelos Mestrados Profissionais do país, em forma de produtos ou processos que possam ser caracterizados como Tecnologias Sociais. Atualmente os editores são os professores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestão de Políticas Públicas) e Graziela Liebel (Saúde e Gestão do Trabalho).