Este artigo tem como objetivo analisar os modos de pensar a educação e a formação das crianças no MST. Adota uma análise documental das coleções Boletins da Educação, Cadernos de Educação, Fazendo Escola e Fazendo História, com base em pesquisa realizada na Biblioteca Agrária do MST. Os resultados indicam que, dentre o conjunto de 37 documentos analisados, a maior parte discorre sobre a educação dos Sem Terrinha em um formato de diretrizes educacionais. Alguns também contemplam produções elaboradas para as crianças, por meio da contação de histórias e testemunhos daqueles que fazem parte da construção do movimento. A educação é concebida como uma experiência de pertencimento ao mundo, sendo entendida como uma responsabilidade coletiva. Conclui-se que há um compromisso em ensinar as crianças para a reflexão e criticidade de acontecimentos sociais, inserindo-as, aos poucos, no mundo público e apostando na possível continuidade da luta desse movimento social pelas novas gerações.

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