LA ECONOMÍA COMPARTIDA Y LA UBERIZACIÓN DEL TRABAJO: ¿UTOPÍAS DE NUESTRO TIEMPO?
DOI:
https://doi.org/10.14210/nej.v27n2.p381-406Palabras clave:
Economía del Compartir, Utopía, Uber, Trabajo PrecarioResumen
Contextualización: Los cambios ocurridos en el mundo laboral, agravados después de la crisis financiera de 2008, demuestran que el capitalismo cada vez más refuerza sus contradicciones y, en el intento de superar sus crisis, se reorganiza, bajo el aspecto de la financierización del capital, haciendo uso de herramientas como la tecnología digital e internet, para profundizar la precarización en las relaciones de trabajo.
Objetivo: Frente a las transformaciones tecnológicas en curso, este estudio tiene por objetivo investigar en qué medida alternativas, como la economía compartida, pueden ser vistas como una utopía transformadora en el sentido de dar a los trabajadores una condición de vida y trabajo dignos. Se busca algunas concepciones de utopía, con el fin de reflexionar acerca del papel de la Economía Compartida, analizando cómo ésta podrá influir en las relaciones de trabajo. Se investiga uno de los casos más conocidos, el de la empresa Uber, ya que este modelo tiene el potencial de replicarse rápidamente para todo el mercado de nuevos servicios.
Metodología: La metodología utilizada fue de carácter cualitativo, con la profundización de la comprensión de un grupo social y de una organización, así como, la investigación bibliográfica de carácter exploratorio.
Resultado: El artículo muestra que se está produciendo una apropiación de la esencia de la economía compartida, camuflando una relación laboral, afectando cada vez más al trabajador. El creciente número de personas sin empleo o subempleados y el aumento fuerte de la informalidad contribuyen sobremanera para el mantenimiento y expansión del fenómeno de la Uberización, pues sin colocación en el mercado de trabajo, los trabajadores se someten a condiciones cada vez más precarias de renta y de trabajo.
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