• Resumo

    Criatividade polinizadora: Um novo olhar sobre a educação e as políticas públicas

    Data de publicação: 16/12/2024

    Para finalizar este artigo, gostaria de mencionar algumas das características que poderiam servir para caracterizar a criatividade polinizadora aplicada às políticas públicas. Três destas características correspondem a três princípios de polinização: gerar melhorias permanentes (princípio de evolução e sobrevivência); caráter socializador (princípio da cooperação). Aqui eu destacaria o caráter humano em detrimento do técnico ou material; Equilíbrio entre a tendência à unidade e à diversidade (Princípio da complementaridade) Os opostos acabam sendo complementares em algum momento, como a onda e a partícula, o dia e a noite, a luz e a sombra, o preto e o branco, .. Os opostos são uma forma de categorizar. realidade. Esses três princípios deveriam reger as ações de políticas públicas. Gerar melhorias que se mantenham ao longo do tempo, que vão além dos períodos de governo dos líderes. Isto é conseguido através do diálogo e da cooperação interinstitucional e entre partidos políticos. É necessário acabar com as leis que mudam quando o partido político dominante muda por falta de diálogo e consenso. E em terceiro lugar, combine o global com o local; o coletivo com o individual, porque não existem opostos, mas sim complementares a partir de uma visão complexa da realidade. A eles devo acrescentar características como flexibilidade nas ações. Esta flexibilidade na tomada de decisões significa pesar vantagens e desvantagens e não aplicar leis ou regras porque é assim que são estabelecidas. Valorize o fator humano em detrimento do material. É a capacidade de adaptação tendo em conta as circunstâncias. A novidade nas abordagens é avançar com novas propostas, diferentes das existentes desde que acarretem valor. O que é novo não vale por ser novo nem o que é jovem por ser jovem. Deve ser acompanhado de valor social. Colaboração durante todo o processo. O gênio individual é a exceção. Os avanços geralmente vêm da cooperação, baseados em contribuições anteriores. É por isso que a colaboração é fundamental na sobrevivência celular e na política. Para o geneticista Bruce Lipton (2007), o agrupamento celular é essencial para sua sobrevivência. A sobrevivência não está no domínio do mais apto, como propôs Darwin, mas no agrupamento e na cooperação. O resultado desta forma sábia e criativa de proceder nas políticas públicas (fecundidade) é deixar marcas construtivas. Essas marcas são como o pólen que é liberado e transforma evolutivamente a sociedade. Estas marcas ou pegadas perpetuam-se, geração após geração, contribuindo para o bem comum sob a forma de criação de instituições ou entidades de serviços, culturais, educativas, artísticas, jurídicas, de saúde; em novas construções ao serviço do cidadão. A polinização, escreve Vetterlein (2024), desempenha um papel fundamental na ecoformação. Em suma, contribuem para o progresso real da sociedade.

         
  • Referências

    Barron, Frank (1976) Personalidad creadora y proceso creativo. Madrid: Marova.

    Binnig, Gerd (1996) Desde la nada. Sobre la creatividad de la naturaleza y del ser humano. Barcelona: Galaxia Gutenberg.

    Lipton, Bruce (2007) Biología de la creencia. Madrid: Palmyra.

    Moraes, Maria Cândida (2021) Paradigma educacional ecossitêmico. Rio de Janeiro: Wak.

    Ribeiro, Olzeni C. y Moraes, Maria Cândida (2014) Criatividade em uma perspectiva transdisciplinar. Brasilia: Liber livro.

    Sans Segarra, Manuel (2024) La supraconciencia existe. Barcelona: Planeta.

    Torre, Saturnino (2003) Dialogando con la creatividad. Barcelona: Octaedro.

    Torre, Saturnino (2017) Polinizando mi vida. Almería: Círculo Rojo.

    Torre, Saturnino (2019) Polinización Psicopedagógica. Almería: Círculo Rojo.

    Torre. Saturnino (2006) Teoría interactiva y social de la creatividad. En Torre. S. y Violant, V. (Coord.) (2006) Comprender y evaluar la creatividad. Málaga: Aljibe. Vol. 1, pp. 123-154.

    Torre. Saturnino y Violant, Verónica (Coord.) (2006) Comprender y evaluar la creatividad. Málaga: Aljibe. Vol. 1 y 2.

    Vetterlein Loures,Vivian (2024) Planejamento pertinente com polinização de cenários ecoformadores para a prática da leitura em escola de educação básica. Tesis mestrado. UNIARP. Caçador

Revista Brasileira de Tecnologias Sociais

A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais é uma publicação Qualis B1, de acordo com a classificação Qualis Periódicos CAPES 2017-2020.

A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais tem por objetivo disseminar o conhecimento científico por meio de uma publicação semestral, que se caracteriza pelo teor multitemático e interdisciplinar voltado, preferencialmente, à divulgação de trabalhos desenvolvidos pelos Mestrados Profissionais do país, em forma de produtos ou processos que possam ser caracterizados como Tecnologias Sociais. Atualmente os editores são os professores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestão de Políticas Públicas) e Graziela Liebel (Saúde e Gestão do Trabalho). 

 

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