LIMITES E POSSIBILIDADES DE MELHORIA DOS PROGRAMAS DE WHISTLEBLOWERS PARA O COMBATE À CORRUPÇÃO NO BRASIL

Autores

  • Marcelo D. Varella Doutor em Direito pela Universidade de Paris. Livre-Docente pela USP. Pesquisador do CNPq. Coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do UNICEUB
  • Flávio R. Dematté Mestre em Direito e Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União

DOI:

https://doi.org/10.14210/rdp.v15n2.p696-725

Palavras-chave:

Denunciantes de boa-fé, Corrupção, Estímulos comportamentais.

Resumo

Este artigo faz uma análise dos programas de whistleblowers, partindo da sua origem no direito norte-americano, Europeu até a sua consolidação no cenário internacional. Parte-se da premissa que o programa de proteção de denunciantes é essencial para o avanço do combate a corrupção no Brasil. A metodologia consiste em examinar os elementos normativos e comportamentais que configuram a estrutura e a efetividade destes programas, explicar como o tema se desenvolveu em vários países no mundo. Em seguida, mostrar quais os principais pontos que foram objeto de aperfeiçoamento nos demais países e discutidos no tribunais internacionais. Depois, como o tema foi construído no Brasil. Por fim, a luz das experiências internacionais e das discussões na ENCCLA, propor melhorias à legislação brasileira. Conclui-se que o o programa de proteção de testemunhas precisa ser aperfeiçoado, em virtude das experiências encontradas na sua implementação e propõe tais alterações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BANISAR, David. Whistleblowing: international standards and developments. Disponível em: . Acesso em: 20 de janeiro de 2018.

BIT. Corruption: can a behavioural approach shift the dial?, 2016. Disponível em: . Acesso em 06 de novembro de 2017.

BRASIL. Câmara dos Deputado. Projeto de Lei PL nº 3.165/2015. Institui o Programa de Incentivo à Revelação de Informações de Interesse Público e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 22 de fevereiro de 2018.

BUGARIN, Maurício Soares; BUGARIN, Tomás Tenshin Sataka. Ética & Incentivos: devemos recompensar quem denuncia corrupção? Revista Direito GV, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 390-427, mai-ago 2017.

CONSEIL d’ETAT. Le droit d’alerte: signaler, traiter protéger. Paris: La Documentation Française, 2016.

ENCCLA. Subsídios para implantação de programas de whistleblower no Brasil, 2016. Disponível em: <http://enccla.camara.leg.br/biblioteca/artigos/whistleblower-1/subsidios-para-implantacao-de-programas-de-whistleblower-no-brasil/at_download/file>. Acesso em: 23 de fevereiro de 2018.

FELDMAN, Yuval; LOBEL, Orly. The Incentives Matrix: the comparative effectiveness of rewards, liabilities, duties and protections for reporting illegality. Texas Law Review, v. 87, 2010. Disponível em: . Acesso em: 18 de dezembro de 2017.

G20. Study on whistleblower protection frameworks: compendium of best practices and guiding principles for legislation, 2012. Disponível em: . Acesso em: 06 de novembro de 2017.

HALPERN, David. Inside the Nudge Unit: How small changes can make a big difference. Ebury Publishing. Edição do Kindle. 2016.

IRS. IRS Whistleblower Program - Fiscal Year 2019 - Annual Report to Congress. Disponível em: <https://www.irs.gov/pub/irs-pdf/p5241.pdf>. Acesso em: 20 de abril de 2020.

KAHNEMAN, Daniel; TWERSKY, Amos. Judgment under uncertainty: heuristics and biases. Science, New Series, v. 185, n. 4157, p. 1124-1131, 1974. Disponível em: . Acesso em: 10 de novembro de 2017.

OCDE. Phase 3 Report on implementing the Anti-Bribery Convention in Brazil, 2014. Disponível em: . Acesso em: 15 de dezembro de 2017.

______. Commiting to effective whistleblower protection. Paris, 2016. Disponível em: . Acesso em: 05 de janeiro de 2018.

______. Behavioural Insights and Public Policy: lessons from around the world. Paris, 2017. Disponível em: . Acesso em: 02 de agosto de 2017.

ONU. Resource guide on good practices in the protection of reporting persons. Viena, 2015. Disponível em: . Acesso em: 30 de novembro de 2017.

RAMIREZ, Mary Kreiner. Blowing the whistle on whistleblower protection: a tale of reform versus power. University of Cincinnati Law Review, v. 76, n. 1, p. 183-233, 2007. Disponível em: . Acesso em: 06 de novembro de 2017.

RANGONE, Nicoletta. A behavioural approach to administrative corruption prevention. 2016. Disponível em: . Acesso em: 04 de novembro de 2017.

ROCHA, Márcio Antônio. Subsídios ao debate para a implantação dos programas de whistleblower no Brasil. Revista de Doutrina da 4ª Região, Porto Alegre, n. 75, dez. 2016. Disponível em: . Acesso em: 07 de novembro de 2017.

SEC. 2019 Annual Report to Congress on the Dodd-Frank Whistleblower Program. Disponível em: . Acesso em: 20 de abril de 2020.

SENADO NORTE-AMERICANO. Whistleblower Protection Enhancement Act of 2012: report of the Committee on Homeland Security and Governmental Affairs. Disponível em: . Acesso em: 31 de janeiro de 2018.

SIMON, Herbert. Rational choice and the structure of the environment. Psychological Review, n. 63, p. 129-138, 1956. Disponível em: <http://digitalcollections.library.cmu.edu/awweb/awarchive?type=file&item=33544>. Acesso em: 10 de novembro de 2017.

SUNSTEIN, Cass R. Empirically Informed Regulation. University of Chicago Law Review, v. 78, p. 1349-1429, 2011. Disponível em: . Acesso em: 08 de novembro de 2017.

THALER, Richard H.; SUNSTEIN, Cass R. Nudge: o empurrão para a escolha certa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL. International principles for whistleblower legislation, 2013. Disponível em: . Acesso em: 04 de novembro de 2017.

VAUGHN, Robert G. State whistleblower statutes and the future of whistleblower protection. Administrative Law Review, Washington, v. 51, n. 2, p. 581-625, 1999.

Downloads

Publicado

13-11-2020

Como Citar

VARELLA, M. D.; DEMATTÉ, F. R. LIMITES E POSSIBILIDADES DE MELHORIA DOS PROGRAMAS DE WHISTLEBLOWERS PARA O COMBATE À CORRUPÇÃO NO BRASIL. Revista Eletrônica Direito e Política, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 696–725, 2020. DOI: 10.14210/rdp.v15n2.p696-725. Disponível em: https://periodicos.univali.br/index.php/rdp/article/view/17014. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos