A DIFICULDADE DE SUPERAÇÃO DO INDIVIDUALISMO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NO BRASIL

Autores/as

  • João Luis Bernieri Bacharel em Direito (IMED/RS); Advogado no Rio Grande do Sul; membro Centro Brasileiro de Pesquisas sobre a Teoria da Justiça de Amartya Sen (CEPAS) vinculado ao Programa de Pós-graduação Scrito Sensu em Direito da Faculdade IMED, Passo Fundo, RS.
  • José Carlos Kraemer Bortoloti Pós-doutor em Direito (IMED/RS); Doutor em Direito (UNESA/RJ Professor do Curso de Direito da Faculdade IMED, Passo Fundo, RS

DOI:

https://doi.org/10.14210/rdp.v16n2.p385-407

Palabras clave:

Estado Social, Estado Democrático de Direito, Individualismo, Reconhecimento.

Resumen

O Estado Democrático de Direito no Brasil veio sob os auspícios da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, onde as forças se destinam assegurar os direitos sociais e individuais, a liberdade, segurança, bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, tudo como valor supremo de uma sociedade fraterna. O presente trabalho articula debate com a dificuldade de superação do individualismo herdado pelo Estado de Direito liberal “pré 1988” e a possibilidade de emergência do princípio democrático “pós 1988” a partir da superação do individualismo, reconhecendo e efetivando os cidadãos em suas respectivas titularidades de direitos, consequentemente com o florescimento de oportunidades reais na vida das pessoas. Nesse entendimento, devendo existir um resgate do Estado Social no Brasil. O método de abordagem é o dialético, com a utilização de referências bibliográficas. Os elementos conclusivos indicam um modelo temporal permeado entre o Estado pré e o pós 1988, o qual acaba por criar um paradoxo deficitário para a vivência do Estado Democrático de Direito no Brasil, dando as características de que o novo continua forçosamente a utilizar as armaduras do velho.

 

PALAVRAS-CHAVE: Estado Social, Estado Democrático de Direito, Individualismo, Reconhecimento. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AQUINO, Sérgio Ricardo Fernandes de (Contra o) eclipse da esperança: escritos sobre a(s) assimetria (s) entre direito e Dados eletrônicos. - Itajaí: UNIVALI, 2017.

AQUINO, Sérgio Ricardo Fernandes de. Essa abominação chamada homem: invisibilidade, reconhecimento e justiça social. Empório do Direito. Disponível em http://emporiododireito.com.br/essa-abominacao-chamada/. Acessado em 29 de setembro de 2020.

AQUINO, Sergio Ricardo Fernandes de; MAGRO, Diogo Dal. Direitos Humanos, sensibilidade e alteridade: um desafio do século XXI. Empório do Direito. Disponível em http://emporiododireito.com.br/direitos-humanos-sensibilidade-e-alteridade-um-desafio-do-seculo-xxi-por-sergio-ricardo-fernandes-de-aquino-e-diogo-dal-magro/. Acessado em 29 de setembro de 2020.

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Democracia, Justiça e Direitos Humanos: estudos de teoria crítica e filosofia do direito. São Paulo: Saraiva, 2013.

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10. ed. São Paulo: Malheiros, 2002.

BONAVIDES, Paulo. Do Estado liberal ao Estado social. 7 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2001.

CANOTILHO, J.J Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 5 ed. Coimbra: Almedina, 2002.

CITTADINO, Gisele. “Invisibilidade”, Estado de Direito e Política de Reconhecimento. XXVII Encontro Anual da ANPOCSGT 19: República e Cidadania: Teorias e Debates Contemporâneos Coordenadores: José Eisenberg e Cícero Araújo. 2003. Disponível em http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=4275&Itemid=316. Acessado em 12 de outubro de 2020.

CHEVALLIER, Jacques. O estado de direito. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

DIMOULIS, Dimitri. MARTINS, Leonardo. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. 3 ED. Revista atualizada e ampliada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.

DIAS, Renato Duro. Em busca de justiça social ou o que é uma boa vida? Tradução da obra Qu’est-ce qu’une vie bonne ?” de Judith Butler, 2014. Disponível em http://emporiododireito.com.br/em-busca-de-justica-social-ou-o-que-e-uma-boa-vida/. Acessado em 04 de outubro de 2020.

HONNETH, Axel; ANDERSON, Joel. Autonomia, Vulnerabilidade, Reconhecimento e Justiça. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade. https://www.dicio.com.br/cidadao/. Acessado em 04 de outubro de 2020.

HONNETH, Axel. La sociedad del desprecio. Madrid: Editorial Trotta, 2011.

LEVI, Primo. Se questo é un uomo? Rio de Janeiro: editora Rocco. Disponível em https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2015/03/levi-primo-c3a9-isto-um-homem-1988.pdf. Acessado em 04 de outubro de 2020.

MIRANDA, Jorge. Sobre o princípio da igualdade. In. BORTOLOTI, José Carlos Kraemer. MORAIS, Fausto Santos de (Orgs). A Jurisdição Constitucional e os desafios à concretização dos Direitos Fundamentais: coleção diálogos sobre Estado, Direitos Fundamentais e Jurisdição Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.

SCHLICKMANN, Flávio; KOCH, Rafaela Borgo. A evolução e crise do estado moderno na perspectiva de Lenio Luiz Streck e José Luis Bolzan de Morais. Revista Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.8, n.2, 2º quadrimestre de 2013. Disponível em: http://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rdp/article/download/5486/2910. Acessado em 21 de outubro de 2020.

NOVAIS, Jorge Reis. Contributo para uma teoria do Estado de Direito: do estado de direito liberal ao estado social e democrático de direito. Editora Almedina: Coimbra, 2006.

NOVAIS, Jorge Reis. A Dignidade da Pessoa Humana. Vol. I: Dignidade e Direitos Fundamentais. Coimbra: Editora Almedina, 2015.

ROSSI, Amélia Sampaio. Neoconstitucionalismo e direitos fundamentais. Constitucionalismo contemporâneo x positivismo jurídico. A realização dos direitos fundamentais sob a perspectiva neoconstitucionalista. Disponível em http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/salvador/amelia_do_carmo_sampaio_rossi.pdf. Acessado em 04 de outubro de 2020.

SARLET, Ingo Wolfgang. Os Direitos Sociais como Direitos Fundamentais: contributo para um balanço aos vinte anos da Constituição Federal de 1988. Disponível em http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/processoAudienciaPublicaSaude/anexo/artigo_Ingo_DF_sociais_PETROPOLIS_final_01_09_08.pdf. Acessado em 10 de outubro de 2020.

SARLET, Ingo Wolfgang. Os direitos fundamentais na constituição de 1988. Revista Diálogo Jurídico. Salvador, v.1, n.1, pg. 1-46, abril, 2001.

SEN, Amartya. A ideia de justiça. Tradução Denise Bottman e Ricardo Doninelli Mendes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 16 ed. São Paulo: Malheiros, 1999.

STAFFEN, Márcio Ricardo. Estado, constituição e juizados especiais federais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015.

STAFFEN, Márcio Ricardo. Reflexões sobre o Estado constitucional em Hans Kelsen. Revista Thesis Juris, n. 1, v. 1, São Paulo, dez. 2012.

STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, Jose Luis Bolzan de. Ciência Política e Teoria do Estado. 8. Ed. Porto Alegre: Livraria do advogado, 2014.

STRECK, Lenio Luiz. Jurisdição Constitucional e Hermenêutica: Perspectivas e Possibilidades de Concretização dos Direitos Fundamentais-Sociais no Brasil. Revista Novos Estudos Jurídicos - Volume 8 - Nº 2 - p.257-301, maio/ago. 2003, pg. 266. Disponível em; http://siaiap32.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/336. Acessado em 29 de setembro de 2020.

STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso. Constituição, Hermenêutica e Teorias Discursivas. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

WARAT, Luis Alberto. A rua grita Dionísio! Direitos humanos de alteridade, surrealismo e cartografia. Tradução de Vívian Alves de Assis, Julio Cesar Marcellino Júnior e Alexandre Morais da Rosa. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2010.

Publicado

2021-08-30

Cómo citar

BERNIERI, J. L.; BORTOLOTI, J. C. K. A DIFICULDADE DE SUPERAÇÃO DO INDIVIDUALISMO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NO BRASIL. Revista Eletrônica Direito e Política, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 385–407, 2021. DOI: 10.14210/rdp.v16n2.p385-407. Disponível em: https://periodicos.univali.br/index.php/rdp/article/view/17779. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos